segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Caso Itambé: após seis meses, PMs ainda não foram punidos


Os policiais militares acusados de atirar no estudante Edvaldo da Silva Alves, durante um protesto que pedia mais segurança em Itambé, na Mata Norte de Pernambuco, ainda não foram punidos. Após mais de seis meses do episódio, que resultou na morte da vítima - depois de 25 dias internado na UTI - a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) ainda não concluiu o procedimento administrativo e não definiu o destino dos PMs. Atualmente, por determinação da Justiça, eles só podem exercer trabalhos administrativos, ou seja, devem ficar longe das ruas.

Se na esfera administrativa o processo segue a passos lentos, na criminal os quatro PMs envolvidos na ação em Itambé já se tornaram réus. O capital Ramon Tadeu Siva Cazé, que deu a ordem para o disparo, responde por homicídio doloso (com intenção de matar) e por tortura. O soldado Ivaldo Batista de Sousa Júnior, que atirou usando a espingarda calibre 12 carregada com cartucho de projétil de elastômero (bala de borracha), responde pelo mesmo crime. Alexandre Dutra da Silva e Silvino Lopes de Souza, que estavam no momento do protesto, respondem por omissão de socorro.

A Justiça ainda não marcou a data da primeira audiência de instrução e julgamento do caso, quando serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa. O primeiro passo para o juiz definir se os policiais vão ou não a júri popular - como pede o ministério Público de Pernambuco.

Fonte: JC online

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